sexta-feira, 9 de abril de 2010

A casa do Bruxo Mafarrico


No alto de uma montanha, onde o céu parece juntar-se com a terra, vivia o Bruxo Mafarrico.
Mafarrico era engraçado, trapalhão e trocava sempre as palavras mágicas.
Um dia, ele estava em sua casa a tentar fazer um feitiço. Ele dizia:
- Abra… Abra… Cadabra… Abra…
Apesar da sua insistência, o feitiço não resultava.
Furioso, gritava bastante. Os seus gritos conseguiam ouvir-se lá fora.
Nessa altura passava por lá a corte do rei Baltazar.
O rei, ao ouvir os gritos do bruxo, ficou muito curioso e quis ver o que se estava a passar.
Aproximou-se da casa e abriu a porta., dando de caras com o Marrifico extremamente irritado.
Então, disse:
- O que é que se passa aqui?
Mafarrico estava tão zangado que não se tinha apercebido de que alguém tinha aberto a porta. Com as palavras do rei Baltazar, assustou-se de tal maneira que, ao virar-se, lançou sobre o rei um raio mágico, transformando-o numa rosa.
Preocupado com o que aconteceu, Mafarrico foi falar com o seu mestre:
- Oh Mestre! Desculpai-me por estar a incomodá-lo, mas aconteceu uma grande desgraça…Preciso, urgentemente, da vossa ajuda… Aconteceu uma desgraça… Transformei o rei Baltazar numa rosa…
- Só fazes asneiras! És impressionante! Agora só há uma coisa a fazer… mas para isso precisas de sangue de morcego e de uma lágrima de dor.
Então, Mafarrico voltou para sua casa, sentou-se numa cadeira e pensou…
- Sangue de morcego e uma lágrima de dor.
O sangue de morcego não era o problema, pois tinha um frasco no seu armário de porções mágicas. O pior era mesmo a lágrima.
Preocupado, Mafarrico levantou-se e foi até ao jardim de sua casa. Sentou-se em frente à rosa com o sangue de morcego à mão, triste e sem saber o que fazer.
Enquanto pensava, um bruxinho vizinho que brincava com um dragão feroz, atirou com um pedregulho e acertou-lhe no pescoço. A força era tanta e o pedregulho era tão grande e pesado que o Mafarico ficou tonto e cheio de dores.
A dor era tão intensa que não conseguiu reter uma lágrima de dor e esta foi cair mesmo em cima da flor.
Foi então que, de repente, a rosa se transformou novamente no rei Baltazar.
O rei ficou-lhe muito agradecido e ficaram amigos para sempre.

Erven Romário – 8.ºE

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